Tuesday, April 13, 2010

a ouvir-te

Não me procures nas páginas vê-me nas folhas
Não me procures em casa vê-me na erva
Não me procures nos discursos vê-me na voz
Não me procures nos dedos fechados vê-me nas mãos abertas
Não me procures nas águas paradas vê-me nos mares
Aí estarei a ouvir-te
Mesmo que não me encontres
Serei eu a encontrar-te

Meu tudo

Antes de me deitar vou-te escrever uma carta:
- Olá!
Aqui neste lugar à tua espera só mer estas tu
Meu tudo!
Quando a abrires já não estarei cá
Deixo-te o lugar
Aqui à nossa espera