Thursday, November 26, 2009

Olá mulher

Olá esquecimento fecundo
Minha árvore e doce sombra
Meus lábios de rosas silvestres
Meu lago e meu pranto
Silva rasgada em carne
Alma do meu planar
Mulher minha meu encanto

Olá lembrança cruel
Que decepas a cor da vida
Diz-me que um dia virás
Arrebatar a morte em cada segundo
Dar forma à tua forma
Amanhecer sorridente
De ti ao teu encontro

Olá mulher
Porque me queres ausente de nós?!
Vem recolher os despojos de todas as batalhas
Para ti foi tudo o que já não sou
E o que resta ainda é teu
Leva a manta que te agasalhe
Deixa o frio a este pó

Wednesday, November 25, 2009

olá mulher

Olá desassossegada mulher
Que me dás paz
Estirada nesse canto
Aí me dispo entre os indefinidos pasmos dos teus horizontes
Por eles me carregas
E sigo pelos trilhos do teu cheiro
Para onde me levas?
Como se me interessasse saber para onde vou
Ou se soubesse aonde estás?!
Adivinhar as tuas formas bastam aos meus olhos sem pouso
Saborear-te apenas em sonhos que não recordo
Olá desassossegada mulher
Que me tiras a paz
Estirado neste canto
Aonde te despes entre os indefinidos pasmos dos meus horizontes
Por eles te carrego
E sigo pelos trilhos do teu cheiro
Para onde me levas?
Como se me interessasse saber para onde vou
Ou se soubesse aonde estás?!