Thursday, July 29, 2010

A tua voz

A voz de uma estranha ensurdece
Eu sei que não é
Nunca foi nem pode ser
Uma voz
Simples entre lábios
Os mesmos por onde se escapa a alma
Não os tenho nem vejo
Doces frutos
Pura semente
Carne aqui
Distantes me dizem agora
A voz de uma estranha ensurdece
Eu sei que não é
Nunca foi nem pode ser
Uma estranha
O meu desejo
Sem forma apenas som
Húmido abraço da tua saliva
Sempre a ir embora
Aconchega e me tece
No que não dizes e escuto
Talvez se encontrem um dia
Entre as nossas bocas
A ouvir
A voz de uma estranha ensurdece

6 Comments:

Blogger Maria P. said...

Talvez não seja uma estranha...um dia...

Beijos*

7:12 AM

 
Blogger Maria Maria said...

João,

Não estranho nome, tão João como José do Sertão.

Obrigada pela visita e acolhida,

Maria Maria

7:41 AM

 
Blogger Maria Maria said...

Obrigada novamente pelas postagens!
Sinta-se sempre bem-vindo aqui!

Um abraço,

Maria Maria

7:04 PM

 
Blogger VioletaMota said...

Obrigada pela visita!
Bonitas palavras que me deixou.

1:50 PM

 
Blogger Maria P. said...

Regresso, sem ouvir a voz...

beijinho*

1:45 PM

 
Blogger Menina Marota said...

"A voz de uma estranha ensurdece"...

1:33 PM

 

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