letras
Agarro-me ao escuro desenhar
Das letras, elas ouvem mas não falam
Bocados de lama erguida
Cheia de som escondido
Que se parte debaixo dos pés
Às voltas a ouvirem o chão
Chega de sentidos
De marcos e fronteiras
O nosso horizonte é todo o mundo
Os nossos olhos são caravelas sem destino
Que a mão rasgue todas as frases
E se alguma sangrar
Se alguma sangrar de verdade
Não perguntem o que nela havia
Era um corpo, uma vida
Que pedia a tua mão
Para ser poesia