A tua voz
A voz de uma estranha ensurdece
Eu sei que não é
Nunca foi nem pode ser
Uma voz
Simples entre lábios
Os mesmos por onde se escapa a alma
Não os tenho nem vejo
Doces frutos
Pura semente
Carne aqui
Distantes me dizem agora
A voz de uma estranha ensurdece
Eu sei que não é
Nunca foi nem pode ser
Uma estranha
O meu desejo
Sem forma apenas som
Húmido abraço da tua saliva
Sempre a ir embora
Aconchega e me tece
No que não dizes e escuto
Talvez se encontrem um dia
Entre as nossas bocas
A ouvir
A voz de uma estranha ensurdece
6 Comments:
Talvez não seja uma estranha...um dia...
Beijos*
7:12 AM
João,
Não estranho nome, tão João como José do Sertão.
Obrigada pela visita e acolhida,
Maria Maria
7:41 AM
Obrigada novamente pelas postagens!
Sinta-se sempre bem-vindo aqui!
Um abraço,
Maria Maria
7:04 PM
Obrigada pela visita!
Bonitas palavras que me deixou.
1:50 PM
Regresso, sem ouvir a voz...
beijinho*
1:45 PM
"A voz de uma estranha ensurdece"...
1:33 PM
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