arranha-céus
No distúrbio do platinado
Aonde das minas o sangue encontra
Cestos informes carregam as costas
De encontro às casas sem paredes
Nas galeras entupidas em suor
Em remos de costelas partidas enxerga
Não dos olhos inquietos o descanso
No químico hospício os arbustos de argamassa
Tapam o verde dos olhos
Aonde os cavalos se ferram
O sismo fecha ao fogo as portas que abrem
Guaritas de calcinadas sentinelas
O lume só queima quem amordaça o pó
Fermento de arranha-céus
Sobreposatos cativeiros de peixes sem barbatanas
Os bocados perdem a boca
Andantes penas nas garras dos engabnados
Fantasmas que aguardam o silêncio das suas tumbas
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