as vozes das letras
Há muito se foi o sol
Para outros renasce cedo
A queimar os dedos
Esburacados em terra
Salpicados no suor de todos os dias
As letras são vozes
Que calamos a escrever
Que nos lêem a alma
No canto do papel que as recebe
E todos crescem debaixo das estrelas que sabem ler
Breve virá o sol
Para outros será tarde
As vozes das letras não têm noite
Não têm céu
E amanhã será um novo dia
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