Sunday, May 27, 2007

foi-se embora

I
o céu foi-se embora apenas a cor e album som, um silêncio escuro me desdobra em nadas gigantes, destino mudo abre-me os olhos, por onde nuvens sem rumo me levam e turvam para o mesmo lugar.

II
Bocados de lama continuam a crescer nos sapatos sem raiz, à chuva, secos girassóis se abrem rectangulares e vai nos pés o cheiro nocturno desse sol

III

Gostava de te poder dar a mão, nem que fosse por um segundo e sentir o que os lábios fecham e não dizem, sabes acho que viver é o mais bonito soneto, encontrar rimas apropriadas desvirtuam o instante, aquele pedaço de mundo e de vida que quis nascer e viver assim, devemos ser, sem deixar de ser, criar poesia dentro de nós, para que ela respire sempre connosco e viva connosco. Hoje, por exemplo, estou no escritório e mnem sei o que queria, talvez sair e voar e cantar e corrrer, chorar e tornar a sorrir e beber. mas o que na verdade queria, era sentir, sentir-te e sentir que não estou e que estou, não estou sozinho e que estou ao lado de muita gente

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